Ainda nao decidi se é bom ou nao. Só to mandando.
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Mensagem de 23/01/07
Participe!
A vida nos pede constantemente: "participe!". A participação é necessária para nossa alegria, mas também para nossa proteção. Quem se omite diante das barbaridades que vê está prestando serviço à força das trevas, e isto lhe será cobrado um dia.
Há momentos em que evitamos a luta, sob os mais diversos pretextos: serenidade, maturidade, senso de ridículo. Vemos a injustiça sendo feita a nosso próximo, e ficamos calados. "Não vou me meter à toa em brigas", é a explicação.
Isto não existe. Quem percorre um caminho espiritual, carrega consigo um código de honra a ser cumprido. A voz que clama contra o que está errado é sempre ouvida por Deus. Se o nosso irmão não tem mais forças para reclamar, é nossa vez de fazê-lo por ele.
É preciso manter o diálogo
A esposa do rabino Iaakov era considerada por todos os seus amigos como uma mulher muito difícil; por qualquer pretexto iniciava uma discussão.
Iaakov, porém, nunca respondia as provocações.
Até que, no casamento de seu filho Ishmael, quando centenas de convidados comemoravam alegremente, o rabino começou a ofender sua mulher – mas de tal maneira, que todos na festa puderam perceber.
- O que aconteceu? – perguntou um amigo de Iaakov, quando os ânimos serenaram. – Por que abandonou seu costume de jamais responder às provocações?
- Veja como ela está mais contente – sussurrou o rabino.
De fato, a mulher agora parecia estar se divertindo com a festa.
- Vocês brigaram em público! Não entendo nem sua reação, nem a dela ! – insistiu o amigo.
- Faz alguns dias, entendi que o que mais perturbava minha mulher era o fato de eu ficar em silêncio. Agindo assim, eu parecia ignorá-la, distanciar-me com sentimentos virtuosos e fazê-la sentir mesquinha e inferior. - Já que a amo tanto, resolvi fingir perder a cabeça na frente de todo mundo. Ela viu que eu compreendia suas emoções, que era igual a ela, e que ainda quero manter o diálogo.
Se eu pudesse ser Deus
A história é atribuída ao grande rabino Bal Shen Tov. Conta-se que ele estava no topo de uma colina, com um grupo de estudantes, quando viu um grupo de cossacos atacarem a cidade e começarem a massacrar as pessoas.
Vendo muitos de seus amigos, lá embaixo, morrendo e pedindo misericórdia, o rabino exclamou:
- Ah, se eu pudesse ser Deus!
Um discípulo, chocado, virou-se para ele:
- Mestre, como ousa proferir uma blasfêmia destas? Quer dizer que, se o senhor fosse Deus, ia agir de maneira diferente? Quer dizer que o senhor acha que Deus muitas vezes faz o que é errado?
O rabino olhou nos olhos do discípulo, e disse:
- Deus sempre está certo. Mas se eu pudesse ser Deus, eu saberia entender o que está acontecendo.
De homens valentes e de covardes
"A primeira qualidade do caminho espiritual é a coragem", dizia Gandhi. E, segundo o monge tibetano Chögyam Trungpa, a primeira qualidade do homem valente é lutar por aquilo que possa ser útil a toda a humanidade.
O mundo sempre parece ameaçador e perigoso para os covardes. Estes procuram a segurança mentirosa de uma vida sem grandes desafios, e se armam até os dentes para defender aquilo que julgam possuir. Os covardes são vítimas do próprio egoísmo, e terminam construindo as grades da própria prisão.
Mas os homens e mulheres valentes projetam seu pensamento muito além das paredes do quarto. Sabem que, se não fizerem nada pelo mundo, ninguém mais o fará. Então tomam parte do Bom Combate da vida, mesmo sem entender direito por que.
Por que precisamos seguir um modelo?
A frase é de Pablo Picasso: "Deus é um artista. Ele inventou a girafa, o elefante, a formiga. Na verdade, Ele nunca procurou seguir um estilo – simplesmente foi fazendo tudo aquilo que tinha vontade de fazer".
Diz o mestre:
Quando começamos a percorrer nosso caminho, um grande pavor nos acontece; sentimo-nos obrigados a fazer tudo certinho. Afinal, já que cada um tem uma vida única, quem inventou o padrão do "tudo certinho?" Deus fez a girafa, o elefante e a formiga – por que precisamos seguir um modelo?
O modelo só serve para mostrar como os outros definiam suas próprias realidades. Muitas vezes admiramos os modelos dos outros, e muitas vezes podemos evitar erros que outros já cometeram.
Mas quanto a viver – bem, isto só nós temos competência para tanto.
A busca espiritual
A busca espiritual se divide em três etapas: aceitar o que somos, melhorar o que somos, e buscar a união com Deus. A "prece da reconciliação" nos ajuda a cruzar a primeira etapa.
Vamos até um lugar que consideramos sagrado, e onde podemos ficar sozinhos. Ali, depois de agradecer a Deus, começamos a dizer em voz alta tudo que consideramos como nosso "lado negro". À medida em que progredimos, verificamos que – ao contrário do que pensávamos – a coragem de olhar nossos defeitos nos dá uma incrível sensação de liberdade. Passamos a nos sentir mais puros, mais fortes, mais amados.
Oramos desta maneira sempre que necessário. Mas é preciso lembrar as palavras de São Bernardo de Clairvaux: "é bom ter consciência de nossas faltas, mas isto não deve ser uma preocupação constante – ou mergulharemos de novo no desespero".
Brevíssima história da medicina
500 D.C. – Venha até aqui, e coma esta raiz.
1.000 D.C. – Esta raiz é coisa de ateu, faça esta oração ao Deus que está no céu.
1.792 D.C. – O Deus não está no céu, quem reina é a razão. Venha até aqui, e beba esta poção.
1.917 D.C – Esta poção é para enganar o oprimido, sugiro que você tome este comprimido.
1.960 D.C. – Este comprimido é antigo e exótico. Chegou o momento de tomar antibiótico.
1.998 D.C. – Antibiótico te deixa fraco e infeliz. Eis um novo tratamento: coma esta raiz.
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